MERA INVENÇÂO
Compositores: Flávio Venturini / Murilo Antunes
Longe amor
Voa dentro a noite
Faz-se a luz e vai se esconder
Longe amor, longe o pensamento
A distância entre você e eu
É só mera invenção
Flor de mel
Alma caprichosa
Me deixou só para voltar
Longe amor, não demore tanto
Vida vai sem querer chegar
A distância entre você e eu
É só mera invenção
Sua voz
Ascendeu a sala
Fogo e paz, no mesmo lugar
Nada mais há que nos separe
A distância entre você e eu
É só mera invenção
domingo, 27 de setembro de 2009
O Mundo Mágico de Marc Chagall – o sonho e a vida - na Casa Fiat de Cultura em BH
A magia e a intensidade das cores de Marc Chagall (1887-1985), pintor bielorruso que se fixou na França, podem ser vistos em Belo Horizonte. De 4 de agosto a 4 de outubro de 2009. A Casa Fiat de Cultura realiza a exposição “O Mundo Mágico de Marc Chagall - O Sonho e a Vida”, sob curadoria de Fabio Magalhães. A mostra segue para o Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro (RJ), em versão reduzida, onde permanecerá aberta ao público de 15 de outubro a 6 de dezembro de 2009.
A exposição de Marc Chagall reúne 302 trabalhos do artista e 28 obras do Contexto Brasil, entre pinturas, guaches, esculturas e gravuras. Destaque para as séries completas de gravuras como La Bible [A Bíblia], Daphnis et Chloé [Dafne e Cloé] e Les Âmes mortes [As Almas mortas], reunidas pela primeira vez no Brasil, assim como a obra Salon de coiffure (oncle Zussy) [Salão de cabeleireiro (tio Zussy)], guache e óleo sobre cartão de 1914, que pertence à Galeria Tretyakov, na Rússia.
Breve Biografia
Marc Chagall (Moshe Zakharovitch Shagal) nasceu em 6 de junho de 1887, em um bairro de judeus pobres de Vitebsk, na Bielo-Rússia – àquele tempo, pertencente ao império russo. Um dos pioneiros da modernidade, participou das grandes transformações das artes plásticas no início do século XX, tornando-se um dos mais notáveis artistas de seu tempo. Apesar do intenso convívio com as tendências de vanguarda, a arte de Chagall adquire contornos pessoais desde a juventude. Desde cedo, sua expressão segue caminhos singulares.
O curador Fabio Magalhães disse que a primeira e única exposição das pinturas do artista no Brasil ocorreu durante a IV Bienal Internacional de São Paulo, em 1957.
As obras
O imaginário popular da Europa Oriental e os temas religiosos, mitológicos e literários compõem um panorama que permeia o real e o fantástico, o sonho e a vida. A sensibilidade e a poética de Chagall estão presentes em suas obras. Também integram a mostra duas esculturas do artista, produção muito pouco abordada e exibida de Chagall.
O visitante encontra um panorama dos trabalhos da juventude e da maturidade do artista, além de um núcleo expositivo que busca contextualizar a relação entre Chagall e o Brasil, com destaque para obras de artistas brasileiros influenciados pelo pintor. A mostra conta, ainda, com a exibição do vídeo realizado por Roberto D'Avila, para a série de programas intitulados Conexão Internacional, em que entrevistou Chagall e Vavá, esposa do artista. Trata-se de uma das últimas entrevistas com o artista, realizada na década de 1980.
Os módulos da exposição
1) Pinturas da juventude
34 obras
O primeiro módulo da exposição retrata obras de Chagall em sua fase jovem. Neste núcleo, destaque para as obras que simbolizam a adesão, pelo artista, à revolução bolchevista, como em Paix aux chaumières - Guerre au palais [Paz nas choupanas - Guerra no palácio], aquarela de 1918, que pertence à Galeria Tretyakov, em Moscou. As primeiras gravuras da Série Ma Vie (Minha Vida) também estão contempladas nesta primeira fase.
2) Séries Les Âmes Mortes
96 gravuras
Segundo módulo da mostra, a série de gravuras Les Âmes mortes diz respeito às reminiscências da Rússia. O romance Almas mortas, de Gogol, ressuscitou na memória de Chagall os tipos humanos característicos do país, que a revolução comunista fez desaparecer, como Séliphane, o cocheiro beberrão e preguiçoso que acompanha o ganancioso amo Tchitchikov, que, em suas aventuras à procura de fortuna e sucesso, “compra” de senhores feudais de província seus servos falecidos (âmes mortes) e, acompanhado pelos fantasmas, toma posse de vastos domínios e ingressa na alta sociedade. Em suas obras, Chagall capta o estilo de Gogol, ao desnudar os seres humanos e combinar a força satírica com o lirismo nostálgico de sua terra natal. As ilustrações são, em si mesmas, peças de narrativas visuais.
3) Série Fábulas de La Fontaine
23 gravuras
Sob encomenda do marchand e crítico de arte Ambroise Vollard, Chagall produziu, entre 1926 e 1927, 100 guaches representativos das fábulas de La Fontaine (1621-1695). Os guaches foram expostos, em 1930, em Paris, Bruxelas e Berlim. Vendidos, dispersaram-se pelo mercado e nunca mais foi possível reuni-los integralmente. O conjunto exposto em Paris causou polêmica. Diversos críticos atacaram a abordagem do pintor. Vollard saiu em defesa do artista, afirmando haver grande empatia entre o espírito das fábulas e a obra de Chagall. Ainda em 1927, mais uma vez a pedido de Vollard, Chagall retoma os temas dos guaches, para refazê-los em gravura em metal e explorar as possibilidades expressivas da água-forte. Essas ilustrações mostram o artista com um domínio muito mais apurado do processo de produção da gravura. Do ponto de vista técnico, o resultado é superior à série Les Âmes mortes. O pintor utilizou, também, a água-tinta, para obter uma variada gama de cinzas, que dialogam com zonas de negro intenso e aveludado.
4) Série A Bíblia
105 gravuras
Após as séries Les Âmes Mortes, de Gogol, e das Fábulas de La Fontaine, Vollard pediu a Chagall que realizasse um conjunto sobre a Bíblia. O artista trabalhou neste projeto de 1931 até 1939. Em função da incumbência, viajou à Palestina para conhecer o teatro dos acontecimentos bíblicos. Voltou sua atenção aos temas religiosos pintados por grandes mestres, como Rembrandt (1606-1669), cujas gravuras conheceu na viagem que fez à Holanda, em 1932. Chagall já havia realizado mais de 60 gravuras da série sobre a Bíblia quando Vollard faleceu. Apesar disso, continuou trabalhando. As 105 gravuras foram concluídas em 1939 e a publicação, planejada por Tériade em três tempos: 1948, 1952 e 1956. A essência de Rembrandt pode ser notada pela composição das cenas bíblicas e por muitos dos efeitos gráficos do velho mestre que foram aplicados nas gravuras de Chagall.
5) Série Dafne e Cloé
42 gravuras
Esta foi a que mais me impressionou. Maravilhosa, exuberante em suas cores...
Para realizar a série Daphnis et Chloé, Chagall viajou duas vezes à Grécia, com o propósito de vivenciar a atmosfera e a luminosidade da paisagem e conhecer melhor a cultura pastoril. A primeira visita, em 1952, proporcionou a execução dos primeiros guaches, que registram a luz mediterrânea e a experiência emocional vivida em terras gregas. Dois anos depois, o artista retornou para aprofundar seus conhecimentos do mundo clássico. Os 42 guaches foram realizados entre 1953 e 1954. Em 1957, o pintor dá início aos estudos preparatórios para a transposição dos guaches em litografias, com o impressor Charles Sorlier (1921-1990), no famoso estúdio de Fernand Mourlot. Juntos, eles desenvolveram transparências de cor e criaram jogos que contrapunham brilhos e opacidades. Para obter o resultado pretendido, de extraordinária beleza cromática, foi necessário utilizar uma pedra para cada tonalidade de cor. Assim, uma única gravura exigiu 25 pedras matrizes, o que significa 25 impressões. Tal minucioso processo estendeu-se por quatro anos e a série foi publicada em 1961, por Tériade.
6) Esculturas
2 esculturas
As duas esculturas em mármore, Oiseau [Pássaro] e Poisson [Peixe], foram encomendadas ao artista, em 1964, por Ira Kostelitz para um pavilhão especialmente construído para exibi-las em sua residência parisiense. Cerca de 40 anos mais tarde foram doadas a Leonard e Annette Gianaddah, que inauguraram a Cour Chagall, em novembro de 2003, por ocasião do 25º aniversário da Fundação Pierre Gianadda, na Suíça.
Casa Fiat de Cultura
Rua Jornalista Djalma Andrade, 1250 - Belvedere – Nova Lima (MG)
Informações: 31 3289-8900
Entrada gratuita para toda a programação.
Terça a sexta-feira - 10h às 21h
Sábados, domingos e feriados - 14h às 21h.
Transporte gratuito (Van) em frente à Secretaria de Educação, na Praça da Liberdade.
Agendamento para grupos e escolas: (31) 3289-8910 ou e-mail:agendamento@casafiat.com.br
www.casafiatdecultura.com.br
A exposição de Marc Chagall reúne 302 trabalhos do artista e 28 obras do Contexto Brasil, entre pinturas, guaches, esculturas e gravuras. Destaque para as séries completas de gravuras como La Bible [A Bíblia], Daphnis et Chloé [Dafne e Cloé] e Les Âmes mortes [As Almas mortas], reunidas pela primeira vez no Brasil, assim como a obra Salon de coiffure (oncle Zussy) [Salão de cabeleireiro (tio Zussy)], guache e óleo sobre cartão de 1914, que pertence à Galeria Tretyakov, na Rússia.
Breve Biografia
Marc Chagall (Moshe Zakharovitch Shagal) nasceu em 6 de junho de 1887, em um bairro de judeus pobres de Vitebsk, na Bielo-Rússia – àquele tempo, pertencente ao império russo. Um dos pioneiros da modernidade, participou das grandes transformações das artes plásticas no início do século XX, tornando-se um dos mais notáveis artistas de seu tempo. Apesar do intenso convívio com as tendências de vanguarda, a arte de Chagall adquire contornos pessoais desde a juventude. Desde cedo, sua expressão segue caminhos singulares.
O curador Fabio Magalhães disse que a primeira e única exposição das pinturas do artista no Brasil ocorreu durante a IV Bienal Internacional de São Paulo, em 1957.
As obras
O imaginário popular da Europa Oriental e os temas religiosos, mitológicos e literários compõem um panorama que permeia o real e o fantástico, o sonho e a vida. A sensibilidade e a poética de Chagall estão presentes em suas obras. Também integram a mostra duas esculturas do artista, produção muito pouco abordada e exibida de Chagall.
O visitante encontra um panorama dos trabalhos da juventude e da maturidade do artista, além de um núcleo expositivo que busca contextualizar a relação entre Chagall e o Brasil, com destaque para obras de artistas brasileiros influenciados pelo pintor. A mostra conta, ainda, com a exibição do vídeo realizado por Roberto D'Avila, para a série de programas intitulados Conexão Internacional, em que entrevistou Chagall e Vavá, esposa do artista. Trata-se de uma das últimas entrevistas com o artista, realizada na década de 1980.
Os módulos da exposição
1) Pinturas da juventude
34 obras
O primeiro módulo da exposição retrata obras de Chagall em sua fase jovem. Neste núcleo, destaque para as obras que simbolizam a adesão, pelo artista, à revolução bolchevista, como em Paix aux chaumières - Guerre au palais [Paz nas choupanas - Guerra no palácio], aquarela de 1918, que pertence à Galeria Tretyakov, em Moscou. As primeiras gravuras da Série Ma Vie (Minha Vida) também estão contempladas nesta primeira fase.
2) Séries Les Âmes Mortes
96 gravuras
Segundo módulo da mostra, a série de gravuras Les Âmes mortes diz respeito às reminiscências da Rússia. O romance Almas mortas, de Gogol, ressuscitou na memória de Chagall os tipos humanos característicos do país, que a revolução comunista fez desaparecer, como Séliphane, o cocheiro beberrão e preguiçoso que acompanha o ganancioso amo Tchitchikov, que, em suas aventuras à procura de fortuna e sucesso, “compra” de senhores feudais de província seus servos falecidos (âmes mortes) e, acompanhado pelos fantasmas, toma posse de vastos domínios e ingressa na alta sociedade. Em suas obras, Chagall capta o estilo de Gogol, ao desnudar os seres humanos e combinar a força satírica com o lirismo nostálgico de sua terra natal. As ilustrações são, em si mesmas, peças de narrativas visuais.
3) Série Fábulas de La Fontaine
23 gravuras
Sob encomenda do marchand e crítico de arte Ambroise Vollard, Chagall produziu, entre 1926 e 1927, 100 guaches representativos das fábulas de La Fontaine (1621-1695). Os guaches foram expostos, em 1930, em Paris, Bruxelas e Berlim. Vendidos, dispersaram-se pelo mercado e nunca mais foi possível reuni-los integralmente. O conjunto exposto em Paris causou polêmica. Diversos críticos atacaram a abordagem do pintor. Vollard saiu em defesa do artista, afirmando haver grande empatia entre o espírito das fábulas e a obra de Chagall. Ainda em 1927, mais uma vez a pedido de Vollard, Chagall retoma os temas dos guaches, para refazê-los em gravura em metal e explorar as possibilidades expressivas da água-forte. Essas ilustrações mostram o artista com um domínio muito mais apurado do processo de produção da gravura. Do ponto de vista técnico, o resultado é superior à série Les Âmes mortes. O pintor utilizou, também, a água-tinta, para obter uma variada gama de cinzas, que dialogam com zonas de negro intenso e aveludado.
4) Série A Bíblia
105 gravuras
Após as séries Les Âmes Mortes, de Gogol, e das Fábulas de La Fontaine, Vollard pediu a Chagall que realizasse um conjunto sobre a Bíblia. O artista trabalhou neste projeto de 1931 até 1939. Em função da incumbência, viajou à Palestina para conhecer o teatro dos acontecimentos bíblicos. Voltou sua atenção aos temas religiosos pintados por grandes mestres, como Rembrandt (1606-1669), cujas gravuras conheceu na viagem que fez à Holanda, em 1932. Chagall já havia realizado mais de 60 gravuras da série sobre a Bíblia quando Vollard faleceu. Apesar disso, continuou trabalhando. As 105 gravuras foram concluídas em 1939 e a publicação, planejada por Tériade em três tempos: 1948, 1952 e 1956. A essência de Rembrandt pode ser notada pela composição das cenas bíblicas e por muitos dos efeitos gráficos do velho mestre que foram aplicados nas gravuras de Chagall.
5) Série Dafne e Cloé
42 gravuras
Esta foi a que mais me impressionou. Maravilhosa, exuberante em suas cores...
Para realizar a série Daphnis et Chloé, Chagall viajou duas vezes à Grécia, com o propósito de vivenciar a atmosfera e a luminosidade da paisagem e conhecer melhor a cultura pastoril. A primeira visita, em 1952, proporcionou a execução dos primeiros guaches, que registram a luz mediterrânea e a experiência emocional vivida em terras gregas. Dois anos depois, o artista retornou para aprofundar seus conhecimentos do mundo clássico. Os 42 guaches foram realizados entre 1953 e 1954. Em 1957, o pintor dá início aos estudos preparatórios para a transposição dos guaches em litografias, com o impressor Charles Sorlier (1921-1990), no famoso estúdio de Fernand Mourlot. Juntos, eles desenvolveram transparências de cor e criaram jogos que contrapunham brilhos e opacidades. Para obter o resultado pretendido, de extraordinária beleza cromática, foi necessário utilizar uma pedra para cada tonalidade de cor. Assim, uma única gravura exigiu 25 pedras matrizes, o que significa 25 impressões. Tal minucioso processo estendeu-se por quatro anos e a série foi publicada em 1961, por Tériade.
6) Esculturas
2 esculturas
As duas esculturas em mármore, Oiseau [Pássaro] e Poisson [Peixe], foram encomendadas ao artista, em 1964, por Ira Kostelitz para um pavilhão especialmente construído para exibi-las em sua residência parisiense. Cerca de 40 anos mais tarde foram doadas a Leonard e Annette Gianaddah, que inauguraram a Cour Chagall, em novembro de 2003, por ocasião do 25º aniversário da Fundação Pierre Gianadda, na Suíça.
Casa Fiat de Cultura
Rua Jornalista Djalma Andrade, 1250 - Belvedere – Nova Lima (MG)
Informações: 31 3289-8900
Entrada gratuita para toda a programação.
Terça a sexta-feira - 10h às 21h
Sábados, domingos e feriados - 14h às 21h.
Transporte gratuito (Van) em frente à Secretaria de Educação, na Praça da Liberdade.
Agendamento para grupos e escolas: (31) 3289-8910 ou e-mail:agendamento@casafiat.com.br
www.casafiatdecultura.com.br
O Instituto Moreira Salles em BH não pode fechar... Participe do abaixo-assinado via Internet
Um absurdo o Instituto Moreira Salles encerrar as suas atividades em Belo Horizonte!
Assine e divulgue:
http://www.abaixoassinado.org/assinaturas/assinar/4835
Obrigada!
Assine e divulgue:
http://www.abaixoassinado.org/assinaturas/assinar/4835
Obrigada!
Aqueles dois...
Em julho de 2009 assisti a uma peça maravilhosa no Teatro Alterosa, em Belo Horizonte. A peça "aqueles dois", da Companhia de teatro Luna Lunera apresenta, com singeleza e sensibilidade, a relação de cumplicidade entre dois homens. Permeada pela arte, a música, o trabalho em uma repartição pública e o preconceito, a amizade entre Saul e Raul prevalece...
Veja o texto de Caio Fernando Abreu (na íntegra) em:
http://www.releituras.com/caioabreu_dois.asp
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Luna Lunera
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Ausência, de Vinícius de Moraes. Preciso te dizer, mesmo que não me ouças, que não me vejas, que não voltes...
Ausência
Eu deixarei que morra
em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.
Eu deixarei que morra
em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.
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The Proposal (A Proposta)
Em 5/8/2009 assisti o filme "A proposta" (The Proposal) com Sandra Bullock e Ryan Reynolds. É a velha fórmula hollywoodiana do casal que não se gosta, acontece algo que os obriga a ficarem juntos e, por fim, são felizes para sempre... Ok, é um filme ótimo para assitir em um dia de chuva, no final de semana, deitada em uma cama quentinha. Porém, algo inusitado acontece: a cena do ator Ryan Reynolds nu. Maravilhoso. Que corpo é aquele... Quer conferir? Veja os links abaixo e divirta-se!
Trailer (The Proposal):
http://www.youtube.com/watch?v=kPgZcW8MCaA
Behind The Scenes (in english):
http://www.funnyordie.com/videos/e8cdc3db45/sandra-bullock-ryan-reynolds-behind-the-scenes-of-the-proposal
Ryan Reynolds naked (Ryan Reynolds nu):
http://www.youtube.com/watch?v=cozmy4PVydg
Algumas fotos (some pictures):
Trailer (The Proposal):
http://www.youtube.com/watch?v=kPgZcW8MCaA
Behind The Scenes (in english):
http://www.funnyordie.com/videos/e8cdc3db45/sandra-bullock-ryan-reynolds-behind-the-scenes-of-the-proposal
Ryan Reynolds naked (Ryan Reynolds nu):
http://www.youtube.com/watch?v=cozmy4PVydg
Algumas fotos (some pictures):
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domingo, 16 de agosto de 2009
SHOW DE LANÇAMENTO DO DVD "NÃO SE APAGUE ESTA NOITE", DE FLÁVIO VENTURINI
No dia 31/7/2009, no Palácio das Artes, fui ao Show de Flávio Venturini. Maravilhoso!!! Veja algumas fotos:
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FRASE - AUGUSTO BOAL
"Temos a obrigação de inventar outro mundo porque sabemos que outro mundo é possível. Mas cabe a nós construí-lo com nossas mãos, entrando em cena no palco da vida. Cidadão não é aquele que vive em sociedade. É aquele que a transforma."
(Augusto Boal - 1931-2009)
(Augusto Boal - 1931-2009)
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sexta-feira, 31 de julho de 2009
MONTEI UM QUEBRA-CABEÇAS DE 1000 PEÇAS...
Demorei anos para terminar esta montagem... A Obra "No terraço" de Pierre Auguste Renoir (1841-1919), pintor francês impressionista, está pronta! A Obra original encontra-se no Instituto de Arte de Chicago, EUA.
Título em inglês: Two Sisters (On the Terrace), 1881
Oil on canvas
39 9/16 x 37 7/8 in. (100.5 x 81 cm)
Inscribed at lower right: Renoir '81
Mr. and Mrs. Lewis Larned Coburn Memorial Collection, 1933.455
Visite o site The Institute Art of Chicago:
http://www.artic.edu/aic/collections/artwork/14655
Título em inglês: Two Sisters (On the Terrace), 1881
Oil on canvas
39 9/16 x 37 7/8 in. (100.5 x 81 cm)
Inscribed at lower right: Renoir '81
Mr. and Mrs. Lewis Larned Coburn Memorial Collection, 1933.455
Visite o site The Institute Art of Chicago:
http://www.artic.edu/aic/collections/artwork/14655
UM PRESENTE PARA CICCILLO - EXPOSIÇÃO NO PALÁCIO DAS ARTES
Ciccillo Matarazzo, além de empresário, foi um grande incentivador das artes e da cultura durante os anos 50. Idealizador de um dos mais importantes movimentos intelectuais do país, a I Bienal Internacional de São Paulo, em 1951, Ciccillo teve seu trabalho reconhecido de uma maneira muito especial: recebeu, de 48 grandes artistas plásticos, um álbum com obras criadas especialmente para ele. Em 2009, 56 anos depois, quem recebe este presente é o público do Palácio das Artes. A exposição Um presente para Ciccillo fica aberta para visitação de 27 de junho a 02 de agosto, na Galeria Alberto da Veiga Guignard, e a entrada é franca.
A mostra traz as obras de artistas como: Aldemir Martins, Aldo Bonadei, Alfredo Volpi, Antonio Bandeira, Bruno Giorgi, Clovis Graciano, Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho, Tarsila do Amaral, Marcelo Grassmann e Odetto Guersoni, entre outros. Os artistas estão agrupados em oito grandes grupos, e acordo com o período ou movimento artístico a que pertenciam. Toda a coleção pertence a Abib Maldaun Neto.
Segundo a curadora da mostra, Denise Mattar, o corpo principal do álbum é constituído de artistas que participaram da II Bienal de São Paulo, e o conjunto de obras em exposição reflete o período de transição pelo qual passava a arte brasileira. “Há representantes do primeiro Modernismo, do Grupo Santa Helena, da Família Artística Paulista, do Grupo dos 19, do Atelier Abstração, além de artistas do Ceará, Bahia e Minas Gerais. Estão também presentes artistas italianos, que aqui viveram por um certo período, e participaram da Bienal e do Ballet do IV Centenário”, conta Denise.
A curadora destaca a importância e qualidade dos artistas reunidos. “A qualidade do conjunto e principalmente o ineditismo das obras tornam este álbum muito especial. Raras vezes existe a oportunidade de encontrar um grupo de obras de tal importância inédito e com um significado histórico tão relevante”, ressalta Denise. Todas as obras foram feitas especialmente para o Ciccillo e permaneceram desconhecidas do público, e mesmo dos historiadores de arte, de 1953 até 2006, quando o conjunto foi apresentado em São Paulo. Em 2007 a mostra foi apresentada em Ribeirão Preto e em São José dos Campos.
Na mostra são apresentadas também fotos e material documental da época. Imagens das Bienais de 51 e 53, dos artistas e também de pessoas comuns, com seus modos de vestir, alimentar e divertir, além de anúncios de jornais e revistas, capas de discos enriquecem as vistas à Um Presente para Ciccillo.
Saiba mais sobre Ciccillo Matarazzo (este link abrirá uma janela pop up)
Serviço
Evento: Exposição Um presente para Ciccillo
Local: Galeria Alberto da Veiga Guignard
Data: 27 de junho a 2 de agosto
Horário de visitação: Segundas: 18h às 21h; terças a sábados: 09h30 às 21h e domingos: 16h às 21h
Entrada franca
Informações: 3236-7400
CIRQUE DU SOLEIL - ESPETÁCULO QUIDAM
EU VOU!!!
Quidam: um passante anónimo, uma figura solitária na esquina de uma rua, alguém que passa com pressa. Isso poderia acontecer a qualquer um. Alguém que vem, alguém que vai, que vive na sociedade anónima. Alguém na multidão, um dos membros da maioria silenciosa. Aquele que, dentro de todos nós, grita, canta e sonha. É este o "quidam" que o Cirque du Soleil celebra.
Uma jovem enfurece-se; ela já viu tudo o que há para ver e seu mundo perdeu todo o significado. A sua raiva despedaça o seu pequeno mundo e ela encontra-se no universo de Quidam. A ela junta-se um companheiro alegre e outro personagem mais misterioso, que vai tentar seduzi-la com o maravilhoso, o inquietante e o aterrador.
Veja o vídeo no site do cirque du soleil:
http://www.cirquedusoleil.com/world/pt/br/shows/quidam.asp
Quidam: um passante anónimo, uma figura solitária na esquina de uma rua, alguém que passa com pressa. Isso poderia acontecer a qualquer um. Alguém que vem, alguém que vai, que vive na sociedade anónima. Alguém na multidão, um dos membros da maioria silenciosa. Aquele que, dentro de todos nós, grita, canta e sonha. É este o "quidam" que o Cirque du Soleil celebra.
Uma jovem enfurece-se; ela já viu tudo o que há para ver e seu mundo perdeu todo o significado. A sua raiva despedaça o seu pequeno mundo e ela encontra-se no universo de Quidam. A ela junta-se um companheiro alegre e outro personagem mais misterioso, que vai tentar seduzi-la com o maravilhoso, o inquietante e o aterrador.
Veja o vídeo no site do cirque du soleil:
http://www.cirquedusoleil.com/world/pt/br/shows/quidam.asp
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FRASE 3
"HÁ HOMENS QUE LUTAM UM DIA, E SÃO BONS; HÁ OUTROS QUE LUTAM UM ANO, E SÃO MELHORES; HÁ QUEM LUTA MUITOS ANOS, E SÃO MUITO BONS; MAS HÁ OS QUE LUTAM TODA A VIDA; ESSES SÃO IMPRESCINDÍVEIS".
BERTOLT BRECHT
BERTOLT BRECHT
Fui ao Festival Internacional de Bonecos 2009
Odotustila, que em finlandês significa sala de espera ou o próprio ato de esperar, é um espetáculo do novo circo, que oscila entre a dança e o teatro, combinando de forma original e criativa o malabarismo, o ilusionismo, o teatro de objetos e o vídeo. O palco transforma-se na sala de espera de uma estação, local de encontros, de coincidências misteriosas, de solidão e de interação de rotas, e também num espaço cinematográfico que manipula o tempo marcado pelo relógio da estação.
Encenação: Ville Walo, Kalle Hakkarainen e Anne Jämsä
Duração: 55 minutos
Classificação: Adulto
Técnica: Projeções, sombras e manipulação de objetos
Idioma: Sem texto
Encenação: Ville Walo, Kalle Hakkarainen e Anne Jämsä
Duração: 55 minutos
Classificação: Adulto
Técnica: Projeções, sombras e manipulação de objetos
Idioma: Sem texto
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FRASE
"(...) Nos livros encontra-se sempre algo que agregar-se ao próprio conhecimento,e é, precisamente, desse justo interesse por esquadrinhar todas as coisas que se estimam de valor para aumentar o saber pessoal, de onde surge o anelo e a necessidade de superar as condições e as possibilidades de aperfeiçoamente individual."
Carlos Bernardo González Pecotche.
Carlos Bernardo González Pecotche.
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domingo, 24 de maio de 2009
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
sábado, 7 de fevereiro de 2009
Fui a São Paulo visitar a exposição "NATURA" de Frans Krajcberg, no OCA - Parque do Ibirapuera em 13.12.2008
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